segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Meditação

COELHO, FALCÃO, ESQUILO OU PATO?

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio
 
Estudo basedo em A rabit on the swin team, growing strong in the seasons of life, p. 312-14,  Charles R. Swindoll


         Há algum tempo uma escola pública de Springfield, Oregon, publicou um artigo que chamou minha atenção. Ele era aplicável ao que acontece hoje na igreja e em lares cristãos. Por isso resolvi abordá-lo neste estudo.
           Era uma vez, um grupo de animais que organizaram uma escola que os ensinasse a enfrentar os problemas do mundo. Para tanto, adotaram um currículo: correr, escalar, nadar e voar.
           O pato, excelente nadador, era muito ruim em vôo e corria com muita dificuldade. Nesses  itens suas notas davam apenas para passar "raspando" e por isso ele resolveu que todos os dias, após as aulas, ficaria na escola treinando corrida. Isso fez seus pés se desgastarem e assim, ele que era um exímio nadador, passou a ser apenas um nadador regular. Mas ser regular o fazia passar de ano e por isso ninguém se preocupou com o pato.
          Já o coelho era o primeiro da classe em corrida. Mas de tanto fazer recuperação em natação, desenvolveu um espasmo nervoso nos músculos da perna e passou a correr medianamente.
           Por sua vez o esquilo, que era excelente em escalada, não conseguia voar e lançou-se de corpo e alma a essa tentativa com o que conseguiu torcicolos e notas seis na escalada e cinco na corrida.
            O falcão era um aluno problemático e foi severamente admoestado por não-conformismo. Na escalada, alcançava o topo da árvore antes de todos, mas usava o vôo para tal...
             O que essa história quer nos dizer? O óbvio: que cada criatura tem seu conjunto  de capacidades, em que uma atuação marcante é natural. Quando chamada a preencher um espaço que não lhe cabe, só consegue frustração, desânimo e culpa.
            Um pato é um pato, apenas um pato. Foi feito para nadar, não para correr, escalar e muito menos para voar. Um esquilo tem seu ponto forte na escalada e esperarmos que ele nade ou voe, só vai deixá-lo louco. Já o falão alça vôos magníficos, mas não corre. A verdade é que esses animais são como os crentes, tanto na família de fé, quanto em sua família de sangue. Deus não nos fez todos iguais. Não foi essa sua intenção. Ele planejou para cada um de nós diferenças, capacidades singulares e variações. E se preocupou tanto com isso que por várias vezes citou esse fato em seu útimo testamento e vontade. 1Coríntios 12-31 deve ser lido por cada um de nós  vagarosamente e em voz alta, para que depreendamos o que diz. Vamos então resumir algumas dessas vontades do Senhor:

         Deus colocou você na sua família e lhe deu certa combinação de qualidades que o fazem único. Nenhuma combinação é insignificante! Assim, ninguém é exatamente igual a você e você não é igual a ninguém. Isso, em vez de lhe causar desânimo, deve causar-lhe prazer! Sempre que atuar dentro das suas capacidades, terá sucesso; todos à sua volta serão beneficiados e você experimentará uma sensação incrível.
          Quando todos agem no seu próprio espaço, equilíbrio, unidade e saúde, automaticamente, contribuem para o Corpo. No entanto, quando as expectativas, comparações, obrigações vão além das capacidades individuais, o que se consegue é um resultado medíocre, frustrante, falso e a certeza de uma derrota total.
         Por isso, se Deus o fez um pato, meu amigo, nade como um pato. Pare de querer correr, voar, etc...Se você é um falcão, alce vôos maravilhosos, sem querer nadar e escalar. E assim por diante.
         O que se vê hoje no mundo cristão, é gente tentando ser como outras pessoas que as impressionaram. No meu tempo de seminário bíblico, havia extraordinários talentos entre nós. E eu quis ser como eles, assim como outros alunos. Passamos então a pensar, andar, gesticular e falar como eles. Eu era um coelho, esforçando-me para nadar! E via patos querendo escalar e por aí afora! Tornei-me uma pessoa frustrada, como a estranha besta do 2º Capítulo de Daniel. Foi horrível!
          O pior de tudo é que aquilo que eu possuía era consumido pelo papel que eu me obrigava a representar! Fui assim, até o dia em que uma pessoa muito chegada me perguntou:"por que não ser simplesmente você mesma? Por que tentar ser igual aos outros?"
           Amados esta coelha abandonou as aulas de natação, de vôo e de escalada; Senti um profundo alívio! E com isso descobri que dava certo ser eu mesma e deixar que meus familiares fossem eles mesmos. Originalidade e criatividade voltaram a fluir!
           Descanse então, meu irmão. Aprecie os dons que Deus lhe deu. Cultive e desenvolva suas próprias capacidades, seu próprio estilo. Valorize os membros da sua família e de sua igreja pelo que são, mesmo que sejam diametralmente opostos a você. Lembre-se sempre que coelhos não voam. Falcões não nadam. Patos ficam engraçados tentando escalar. E esquilos não tem penas. Pare de comparar, de querer ser como o  pastor tal ou como a presbítera fulana de tal. Pare de comparar. Goste de ser você, da forma que você é! E lembre-se sempre que há muito espaço na floresta!
        
       

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