terça-feira, 5 de outubro de 2010

É PRECISO SER RELIGIOSO ?

É PRECISO SER RELIGIOSO ?

Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio


            Nossa cultura exige que sejamos filiados a uma religião para estarmos perto de Deus. É o que se propaga por aí. Não ter religião é estar longe de Deus e de suas benesses.
            Em 1948, um fanático religioso assassinou Ghandi, um homem que ensinou e praticou a mais simples forma de viver em sociedade: a não violência. Ele nos mostrava todos os dias que para vivermos fraternalmente não precisávamos estar ligados a religião alguma. Nos ensinava que poderíamos viver bem sem essa obrigatoriedade. E aí abro parênteses para lembrar a todos que as religiões têm sido mais pródigas em insuflar ódios e guerras, que a paz entre os homens.
            Quando Ghandi foi argüido sobre qual era sua religião, respondeu: “sou hindu, cristão, judeu e muçulmano”. Ou seja, deixou claro que sua alma convivia amigavelmente com todos, indiscriminadamente. Para ele não havia diferença entre as religiões, pois a sua “religião” se fundamentava  em “fazer aos outros o que gostaria que fizessem a você”. Simples assim. Fácil (?) assim. Agindo dessa maneira, não nos utilizamos de nenhum procedimento religioso. Pura e simplesmente aplicamos a conduta mais elementar entre semelhantes.
            A vida tem me mostrado que pessoas que professam ser agnósticas, ou mesmo atéias, têm, às vezes, um procedimento mais sincero e fraterno que outras que pertencem a uma religião. Conheço um empresário que apesar de não se apegar a religião alguma, ajuda todos seus funcionários, dando-lhes casa própria, financiando carros, pagando a faculdade de seus filhos, além de dar uma gratificação de fim de semana "para o almoço de domingo". E sem qualquer interesse. Esse senhor é incrivelmente mais cristão do que qualquer um de nós.
            O simples ato de filiar-se a uma religião nada significa, pois quando olhamos o mundo vemos ódio, maldade, egoísmo e muito, mas muito, desamor. E esses atos geralmente são praticados por pessoas que seguem algum caminho religioso.
            Faço questão, mais uma vez, de frisar que Cristo não inventou e tampouco fundou ou indicou religião alguma! E se tivesse que nos indicar uma, indicaria o judaísmo, pois era judeu! O que ele nos deixou foi um manual de vida, a Bíblia. Manual esse que ignoramos, adequamos às nossas necessidades, deturpamos, fragmentamos para usarmos só o que nos interessa, etc.
            Preste atenção: você já viu entre os povos que se digladiam, um agnóstico ou um ateu? Não! Isso vem a ser um alerta de quanto nossa religiosidade está em baixa? Ou de que mantemos apenas o necessário, indo ao culto aos domingos e passando o resto da semana ao nosso bel prazer, sem sequer chegarmos perto da Bíblia?
            Fico pensando: será que os espiritualmente sincréticos como Ghandi, são mais puros do que aqueles que professam religiões? Depende de suas ações...
            Cristo nos deixou um caminho: "Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros" (Jo 13, 14). Mas isso é difícil. Exige cuidado, renuncia e abandono do amor próprio e outras coisas mais. Pensamos nas probabilidades e nos esquecemos da realidade. Pensamos em como seria se estivéssemos ao lado daquela ou dessa pessoa, mas nos esquecemos de que estamos ao lado de outras que necessitam de nosso carinho e afeto e até mesmo apoio material.
Infelizmente o pecado originou uma esfera de amor próprio que é absorvida por quase todos os seres deste planeta.  Desde Lúcifer, ainda no céu, o amor ao próprio eu vem se intensificando mais e mais, e o amor a Deus e ao próximo está enfraquecendo.
Cabe a cada um de nós construir seu caminho e vivermos a vida da forma que Jesus nos ensinou. Todos reclamam do mundo, da situação, do governo, do vizinho, enfim de tudo! Mas nada mudará enquanto a humanidade caminhar às cegas, sem amar ao próximo, como Deus ordenou que amássemos. Há mais de dois mil anos nasceu um Homem- chamado Jesus - cuja finalidade de vida era mostrar o verdadeiro sentimento que deve mover a humanidade. Um homem que era movido por seu relacionamento de amor para com Deus e para com os semelhantes. Ele declarou que o amor é natural e incondicional e amava todos os tipos de pessoas, desde ricos aos mais pobres, ladrões, prostitutas, assassinos, traidores, etc.
            Esse homem -Jesus, filho de Deus- foi um exemplo vivo daquilo que Deus espera de cada um de nós. Que amemos incondicionalmente nossos amigos, inimigos, desafetos, parentes, enfim todas as pessoas. E para amarmos incondicionalmente, temos que imitá-lo, segui-lo, ou seja: amarmos até a morte e morte de Cruz! Só de pensar dói, né? Mas é exatamente isso que Ele espera de nós.
 Reflita nisso e deixe de levar a vida da forma que lhe é mais conveniente! Realinhe-a naquilo em que ela estiver fora dos objetivos de Deus. Tenho certeza que você se sentirá bem melhor e em paz. Então porque não tentar?

2 comentários:

  1. Pr malú a vós que clama no dezerto ainda clama até hoje,é muito bom saber que mais pesoas caregam essa espada,a verdade a qualquer custo não importa de que maneira vamos morrer,desde que seja pela verdade e justiça de DEUS,o Senhor separou os seus para sua obra,ele está afrente do exército comadando eseus anjos auciliando aquem devemos temer,um abração força e fé.

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