segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Palavra para meditação: Natal, encarnação divina

Natal, encarnação divina
Pr.Ed René Kivitz


   A Encarnação do Filho, em sua atordoante exuberância, aparentemente não bastara para um Deus suficientemente ambicioso. A divindade provera para si, através do precedente de Jesus, uma segunda e definitiva encarnação, efetuada pelo derramamento profuso da consciência universal de Cristo sobre os que eram tocados por ele. Deus revelava finalmente seu plano: um Filho singular não lhe bastava; seu projeto era ter uma multidão de Filhos. [Paulo Brabo]
   Sabia que lembrar-se muito dele atrapalharia tudo, porque é preciso ser como ele e não para ele. E, para ser como ele, é preciso esquecê-lo, docemente esquecê-lo. Esquecê-lo é colocá-lo além da memória, é encarná-lo. Como as pernas e os braços que a gente tem e não se lembra, desde que não haja problemas com isso. [Rondinelly Gomes Medeiros]
   Deus não faz coisa alguma ao nosso lado para nos completar, ou em nosso lugar, suprimindo-nos, mas faz com que nós façamos, pois sustenta nosso ser e agir. A ação parte da criatura, possibilitada pelo Criador. Assim, quanto mais faz Deus, mais fazem as criaturas, quanto mais as criaturas fazem, mais faz Deus. Onde a criatura falha, Deus também falha, porque desde que nos criou decidiu, livremente, nada fazer sem nosso acolhimento e aceitação. [Andrés Torres Queiruga]
    Na parábola do Bom Samaritano… Deus não pode forçar a liberdade. O sacerdote e o levita não acolhem o apelo divino. Só o samaritano se compadece. Nesse momento, Deus pode realmente salvar o ferido. O samaritano passou a ser a mão divino: sem ela, Deus “nada” poderia fazer. A ação humana nasceu do apelo divino e dEle recebeu seu ser, força e inspiração para agir… [Deus] sem intervir na autonomia do criado, interpela a liberdade e a autonomia, para que, sem quebrar a legalidade do mundo [possa agir]. [Andrés Torres Queiruga]
    Por minha ressurreição eu envio o meu Espírito… A partir de agora, nunca mais como antes acalmarei a tempestade. Mas o meu Espírito a acalmará quando vós tiverdes construído navios capazes de suportar as ondas. Nunca mais tornarei a alimentar multidões no deserto, mas o farei quando o meu Espírito criador vos tiver levado a aperfeiçoar os solos  a distribuir suas riquezas. E se nestas tarefas de amor sofreis, eu não posso evitá-o porque já não estou “entre vós”, mas “em vós”. Mais ainda, sou eu quem em cada um de vós sofro o mar tempestuoso e a fome. Exatamente como vós. Não vos embarquei numa aventura sem saber se o porto vale a travessia. A única garantia que posso vos dar é o ter-me embarcado definitivamente convosco. [Juan Luis Segundo]
   Nossa maioridade nos conduz a um verdadeiro reconhecimento de nossa situação diante de Deus. Deus quer que saibamos que devemos viver como quem administra sua vida sem ele. O Deus que está conosco é aquele que deserta de nós. O Deus que nos permite viver no mundo sem a hipótese funcional de Deus é aquele diante do qual permanecemos continuamente. Diante de Deus e com Deus, vivemos sem ele. [...] Deus é fraco e sem poder neste mundo, e essa é a precisamente a maneira, a única maneira pela qual ele está conosco para nos ajudar. [Dietrich Bonhoeffer]

Estratégia de Marketing de Deus
Por Robert J. Tamasy

Marketing é tudo - pelo menos é o que dizem. É preciso criar identidade com o cliente. Encontrar um nicho para nosso produto ou serviço. Trabalhar para firmar uma marca reconhecível. Lutar por visibilidade e permanecer em primeiro lugar na mente de clientes e consumidores quando necessitarem de algo que tenhamos para oferecer. Conquistar mais “fatia do mercado”!

Como fazer isso? Temos diversas opções: dar entrevista coletiva à imprensa; imprimir folhetos coloridos e atraentes; criar
um site avançado, de alto impacto; dar entrevistas na TV, rádio e jornais; contratar um relações públicas; formular estratégia multimídia de propaganda; ter um personagem famoso avalizando o produto. 

Ao celebrar o natal no final desta semana, parece que Deus deixou o marketing de lado. Se não, as circunstâncias que cercaram o nascimento do Cristo teriam sido tratadas de maneira diversa. Consideremos o seguinte: (1) Jesus, o Filho de Deus, nasceu no pequeno e obscuro vilarejo de Belém, que não era rota comercial importante, tampouco um lugar que chamasse atenção; (2) sem “orçamento” para marketing, os pais de Jesus careciam de fundos até para alugar um quarto de hotel decente; seu bebê nasceu num humilde estábulo, cercado por animais e tendo por berço uma manjedoura; (3) não havia “mídia” a levar em conta; a imprensa levaria 1.500 anos para ser inventada; foto, rádio e TV não eram nem mesmo ficção na imaginação de alguém. 

A lista poderia ir longe. Um famoso hino de natal diz, “Ouça os Anjos Mensageiros Cantar”. Eles foram os únicos a fazer uma proclamação formal. As primeiras testemunhas em cena foram pastores anônimos sem nenhuma influência na dominante cultura romana. Mesmo assim, dentro de dias, milhões de seguidores em todo o mundo celebrarão o nascimento de Jesus Cristo. Como isso pode ter acontecido sem qualquer ação de marketing? Porém, isso se realizou pela implementação de princípios comumente adotados no mundo de negócios. Vejamos: 

Clientes satisfeitos. A melhor propaganda é feita quando as pessoas pessoalmente atestam o valor de um produto que usaram ou experimentaram. Sem salários ou comissões, eles são “clientes satisfeitos”. “Esses homens que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui” (Atos 17.6).

Testemunhos de excelência. Quando clientes ou consumidores estão entusiasmados com um bom serviço, ficam ansiosos para alardear isso para outras pessoas. “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, isto proclamamos a respeito da Palavra da vida... Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco” (I João 1.1-3). 

Promessas cumpridas. É comum exagerar a competência de produtos ou serviços. Mas quando entregamos o que prometemos, ganhamos um cliente para toda a vida. “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8). 

Feliz Natal!

Questões Para Reflexão ou Discussão

1. Como você está planejando festejar o natal este ano?
2. Que diferença faria para você se Jesus não tivesse nascido e não houvesse motivo para celebrar o natal?
3. Quando pensa em Jesus Cristo, você se considera um “cliente satisfeito” ou um "cliente céptico"?
4. Em sua opinião, por que Deus escolheu aquela ocasião para o primeiro natal, ao invés de esperar por uma era como a atual, cheia de recursos de marketing e de mídia?

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Mateus 28.16-20; Lucas 24.45-49; João 21.24-25; Atos 1.1-11; Gálatas 2.20. 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

AS SETE CARTAS DO APOCALIPSE
                        Uma análise simples e direta sobre o mito do Apocalipse
                                  Pra. Maria Luísa Duarte Simões Credidio



Muita gente que imagina que o Apocalipse é um livro repleto de mistérios enigmáticos que somente os especialistas seriam capazes de decifrar, o que não é verdade, pois o próprio termo Apocalipse significa revelação. Sendo assim, o que estava oculto, agora, está sendo revelado. Os sete selos que lacravam o livro foram rompidos pelo Cordeiro de Deus, revelando, assim, como ele próprio vencerá e julgará o mal para estabelecer a plenitude de seu reino de justiça e paz (5.1-14).
É preciso ter em mente que o Apocalipse traz cartas endereçadas ao povo simples e sofredor das sete igrejas da Ásia Menor que viveram no primeiro século da era cristã. Portanto, foi escrito de tal maneira que essas pessoas humildes pudessem compreender sua mensagem.
O livro é uma revelação de como o glorioso Senhor Jesus Cristo, o soberano dos reis da terra (1.4), promoverá juízos contra os malfeitores trazendo pureza, justiça e paz ao mundo (6.12-17 e capítulos 18 a 22). O clima é de guerra contra o mal (18.14), onde inúmeros seguidores de Cristo estão sendo martirizados (6.9; 7.9-14 e 13.15; 20.4). A morte não é o fim daqueles que seguem o caminho do Cordeiro de Deus que foi morto, mas ressuscitou e que vive e reina para sempre juntamente com todos os seus mártires (1.18; 18.14 e 20.4).
O livro traz conforto e ânimo aos que estão passando pela Grande Tribulação (7.13-17; 18.14). Eles não devem ter medo do sofrimento, pois tudo está sob o controle do Senhor Jesus (2.10). Ele triunfará sobre o mal e vingará o sangue dos inocentes (6.9-17; 18.14 e 19.1-9), retribuindo a cada um segundo as suas obras (2.23; 22.12). O Rei das Nações (15.3) promoverá a cura das nações (22.2) e a maldição não terá mais lugar (22.3), pois felizes para sempre serão os que lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro (22.14; 7.14-17; 20.4).
Esta revelação é dada à sete igrejas da Ásia menor. Não havia apenas sete igrejas naquela região, mas sete foram escolhidas para representar a Igreja de Cristo em sua totalidade, assim como João escolheu sete milagres de Jesus para registrar em seu Evangelho com o intuito de representar a totalidade dos milagres como um demonstrativo da natureza divina de Cristo. O fato do Senhor comunicar à igreja o que ele está para prestes a executar, demonstra o alto conceito que ele tem da Igreja. Ela pode ser desprezada e perseguida pelo mundo, mas é valorizada por Jesus. Está no centro dos planos de Deus (Ef 1.22-23; 2.6-7; 2Co 5.18-20),  é agente do Reino de Deus e serve como protótipo da nova criação, do novo céu e da nova terra (1 Pe 2.9; Mt 5.13-15; Mt 6.10; At 1.8; 1 Pe 4.10; 2 Co 5.17; Rm 14.17).
O Senhor comunica à Igreja o que está prestes a fazer, pois ela é o Corpo de Cristo nesta terra e tem um papel muito importante na execução dos planos de Deus (Mt 28.18-20; At 1.6-8; 1 Pe 2.9). Além disso, o Senhor alerta a igreja para que ela não seja pega de surpresa quanto as provações que há de enfrentar em sua luta contra o mal. O conteúdo desta revelação serve também de conforto e ânimo, motivando a Igreja a perseverar em seu testemunho diante das tribulações para que ela possa cumprir com fidelidade a sua  missão no mundo.
A Igreja possui um papel muito ativo nos planos de Deus. Os eventos escatológicos estão intimamente ligados ao sucesso da missão da Igreja, pois o fim só virá depois da pregação do Evangelho a todas as nações (Mt 24.14). O Apocalipse revela que haverá no céu uma multidão incontável de mártires procedentes de todos os povos, tribos e nações (7.9), sinal de que a Igreja cumprirá com sucesso sua missão, possibilitando assim que os eventos de juízo contra o mal cheguem ao clímax na consumação dos séculos que trará o dia do Juízo Final. Tais juízos são consequências da ira de Deus que virá sobre a terra para vingar o sangue dos inocentes (6.10 e17; 14.7; 16.1-7 e 19.2) e para estabelecer um novo tempo em que a maldade não terá mais lugar (21.1-7).
Agora, todo privilégio traz consigo responsabilidades (Tg 3.1). O Senhor pede conta dos talentos entregues aos seus servos (Mt 25.19). “Para aquele que muito for dado, muito será requerido” (Lc 12.48). O Senhor está revelando à Igreja os seus juízos contra o mal que estão prestes a acontecer no mundo em favor da restauração da santidade, mas, “o julgamento começa pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, se ao justo é difícil ser salvo, que será do ímpio e pecador?” (1Pe 4.17 e 18). Sendo assim, vemos aqui nestas cartas do Apocalipse, que o Senhor Jesus que está prestes a julgar o mundo, começa seu julgamento a partir de sua própria Igreja, pois ela deve ser a luz do mundo e o sal da terra. A Igreja é uma comunidade composta por novas criaturas, que receberam um novo coração (Ez 11.19) e que foram regeneradas e capacitadas pelo Espírito (Tt 3.5-6), recebendo as condições necessárias para viverem uma nova vida de acordo com os valores do Reino de Deus (2Pe 1.3; Ef 1.3). Vejamos o que Jesus escreve as sete igrejas.
Lendo as sete cartas de Cristo, percebemos o seguinte padrão geral: 1. Jesus se apresenta; 2. Jesus conhece as virtudes da Igreja; 3. Jesus conhece os pecados da Igreja; 4. Jesus punirá os infiéis; 5. Jesus exorta ao arrependimento 6. Jesus recompensará os fiéis e 7. A exortação final de Jesus.  Analisemos esses tópicos.

1.JESUS SE APRESENTA ASSIM ÀS SETE IGREJAS:
À Éfeso como aquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os candelabros (2.1).
À Esmirna como o Primeiro e o Último, como aquele que morreu e tornou a viver (1.8).
À Pérgamo como aquele que tem a espada afiada de dois gumes (2.12),
À Tiatira como o Filho de Deus, cujos olhos são como chama de fogo e os pés como o bronze reluzente (1.18);
À Sardes como aquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas (3.1);
À Filadélfia como aquele que é santo e verdadeiro e que tem a chave de Davi (3.7);
E à Laodicéia como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira e como o soberano da criação de Deus (3.14).
Então, em suas apresentações, Jesus se revela como o Senhor da Igreja, que passeia no meio dela (1.20; 2.1; 3.1), marcando presença no meio da Igreja com seus pés como de bronze reluzente e como aquele que tudo vê através de seus olhos que são como chama de fogo que examina as obras de cada um, queimando o pecado, destruindo a palha e purificando o metal precioso (1.18; 1Co 3.13). Como aquele que morreu e ressuscitou, ele conforta e anima os atribulados, e com a chave de Davi, o santo e verdadeiro, tem poder para abrir e fechar portas que ninguém pode reverter. Com sua espada afiada de dois gumes, ele está pronto para punir os malfeitores. Jesus não é apenas o Senhor da Igreja, mas é também o soberano da criação de Deus.

2. JESUS CONHECE AS VIRTUDES DA IGREJAJesus conhece pessoalmente Igreja. Ele conhece as circunstâncias adversas (2.9, 13) e destaca as virtudes das igrejas, tais como: as boas obras (2.2, 19), o amor (2.19), o trabalho árduo (2.2, 19), a perseverança diante do sofrimento e pobreza (2.2, 3, 9, 19, 3.8, 10), a perseguição e martírio por fidelidade a Cristo (2.10, 13; 3.8) sua luta contra os hereges, seu apego a sã doutrina (2.3, 24, 3.10), sua santidade (3.4), sua fidelidade (2.13; 3.10),ob ediência e a sua fé e serviço (2.19).

3. JESUS CONHECE OS PECADOS DA IGREJAJesus também conhece muito bem os pecados da Igreja, tais como: aqueles que seguem os falsos apóstolos e profetas, aqueles que seguem as heresias dos nicolaítas, Jezabel e de Balaão, aqueles que vivem na prática de imoralidades e idolatrias, aqueles cujas obras não são perfeitas, aqueles que são mornos espirituais e aqueles que se acham espirituais, mas que de fato são miseráveis, pobres, cegos e que estão nus (3.17; 2Pe 1.8-9) , de modo a envergonhar o santo nome de Cristo.

4. JESUS ADVERTE MOSTRANDO AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA VIDA DE PECADO
Jesus adverte sobre o pecado no mundo e na Igreja (2Tm 2.19). Num ato de misericórdia, buscando despertar a Igreja, adverte apontando para as duras consequências de uma vida pecaminosa. Os crentes devem se arrepender, “se não”: terão o seu candelabro removido (2.5), ou seja, a sua luz será apagada, e não terão direito a comer do fruto da árvore da vida que está destinado somente aos vencedores (2.7), e não terão direito a coroa da vida que esta destinada apenas aos que forem fiéis até a morte (2.10) e estarão sujeitos à segunda morte que é a condenação eterna, pois somente ao vencedor é dito que de modo algum sofrerá a segunda morte (2.11). Se não houver arrependimento e mudança de atitude, o próprio Senhor Jesus virá contra os impenitentes com a sua espada afiada de dois gumes (2.16), pois Jesus retribuirá a cada um segundo as sua próprias obras (2.23). Se os crentes não estiverem vigiando, serão surpreendidos quando, Jesus, o noivo vier de surpresa e ficarão de fora das bodas (3.3; Mt 25.1-13), terão seus nomes riscados do livro da vida, pois somente os fiéis é que jamais terão os seus nomes apagados deste livro (3.5; Ex 32.33). Se não houver arrependimento, se não houver fervor espiritual, o crente morno deve saber que corre o risco de ser vomitado da boca do próprio Deus (3.16).

5. JESUS CONVIDA AO ARREPENDIMENTOJesus conclama a Igreja ao arrependimento (2.4, 16, 21-24, 3.3, 19). Ele passeia no meio dos candelabros (2.1), ele anda no meio da Igreja esquadrinhando mentes e corações. Ele enaltece as virtudes, mas também recrimina o pecado, advertindo quanto aos perigos que a Igreja está correndo ao persistir no erro, tudo visando a cura e a restauração da santidade da Igreja. Jesus concede tempo e oportunidade para o arrependimento até mesmo àquela falsa profetiza Jezabel (2.21)! E para a mais carnal e pecaminosa de todas as sete igrejas, Jesus ainda estende este carinhoso convite, dizendo: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (3.20). Jesus está à porta batendo. Ele não está tentando entrar à força. Ele. Jesus deseja que sejamos receptivos ao seu convite amoroso. Só não o aceita quem não quer.E se o filho quer ir embora, pode ir, mas se volta arrependido,sujo,descalço, trajando farrapos, ferido e quebrado, é recebido com beijos, abraços e muita festa! (Lc 15.11-24)

6. JESUS MOTIVA MOSTRANDO AS RECOMPENSASJesus estimula sua Igreja dizendo que aquele que for fiel até a morte receberá a coroa da vida (2.10), o vencedor receberá ainda o maná escondido e uma pedra branca com um novo nome nela escrito (2.17), o que vencer e for obediente até o fim receberá autoridade sobre as nações e receberá a estrela da manhã (2.26-28); os vencedores que não contaminaram as suas vestes, andarão com Jesus, vestidos de branco, pois são dignos, e jamais terão os seus nomes apagados do livro da vida, mas serão reconhecidos diante do Pai celeste (3.4-5), eles servirão perpetuamente em posição privilegiada como coluna no santuário de Deus, e receberá em si a inscrição do nome de Deus, do Senhor Jesus Cristo e de sua santa cidade celestial (3.12), e receberão o direito de sentar-se juntamente com Cristo no seu trono assim como Jesus venceu e recebeu o direito de sentar-se no trono do Pai (3.21). Somos, assim, estimulados à desenvolver nossa salvação como temor e também a nos empenharmos para confirmar nossa eleição sabendo que é desta forma que estaremos ricamente providos para entrar no Reino Eterno de nosso Senhor e Salvador (2Pe 1.10.11).

7. ÚLTIMA EXORTAÇÃO DE JESUSNo final de cada uma das sete cartas, Jesus dirige uma última exortação, dizendo: “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13 e 22). Como também alertou o autor de Hebreus: “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração... cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo” (Hb 3.7-12). O Espírito de Cristo está falando e batendo a porta. Ele nos ama e deseja ter comunhão conosco. Portanto, “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”!